Well-Being Manager: Na busca de uma Cultura Sustentável

Well-Being Manager: Na busca de uma Cultura Sustentável

As organizações que se destacam hoje no panorama nacional e internacional, parecem ser aquelas que entenderam a importância do Well-Being dos seus colaboradores. Compreendo que, para muitos, o Well-Being seja apenas mais um custo, para além de tantos outros que as empresas já suportam. Se assim for o seu entendimento, então não estou a falar para si.

Well-Being Manager: Na busca de uma Cultura Sustentável

As organizações que se destacam hoje no panorama nacional e internacional, parecem ser aquelas que entenderam a importância do Well-Being dos seus colaboradores. Compreendo que, para muitos, o Well-Being seja apenas mais um custo, para além de tantos outros que as empresas já suportam. Se assim for o seu entendimento, então não estou a falar para si.

 

As organizações modernas e sustentáveis encaram o Well-Being como algo estratégico para o negócio. Então, estou a falar apenas para as organizações que arriscaram e já estão a colher os frutos do seu investimento. Ou ainda, para as todas as outras organizações, que já perceberam as vantagens para o negócio, mas não sabem como operacionalizar em contexto organizacional. Para essas organizações com uma visão holística do seu negócio, lanço o desafio: “arrisquem” e, percorram o caminho para uma Cultura de Well-Being Sustentável com foco nas “vossas” Pessoas.

 

Perguntam-me de seguida aqueles que aceitarem o desafio: “Como alavancamos em contexto organizacional uma Cultura de Well-Being?” Em resposta, através da transformação cultural que se impõe a todos os níveis dentro destes sistemas vivos. Este processo acarreta um conjunto de desafios práticos à componente humana, no que diz respeito a uma mudança de mind set e de status quo. Estas mudanças comportamentais, decorrentes destas profundas alterações, podem ter como consequência uma miríade de fenómenos organizacionais que irão culminar inevitavelmente em múltiplas situações de conflito entre colegas, chefias e gestão de topo.

 

Desta forma, é obvio que a mudança de paradigma organizacional é um grande desafio, não existem soluções chave na mão e não é um processo automático. Resulta de uma construção sistemática de tentativa/erro como sucede em todos os processos de mudança. Para tal, necessitamos de profissionais com as competências adequadas para abraçar este conjunto de desafios. Emerge neste contexto o perfil do Well-Being Manager, que terá as competências adequadas para abarcar o desafio e, conduzir estes processos de mudança no sentido de alinhar o Propósito Individual das “suas Pessoas” com o Propósito Organizacional.

 

Como o farão?  Através do diagnóstico das quatro dimensões basilares que identificam os níveis de Well-Being Organizacional (Well-Being Mental, Well-Being Social, Well-Being Físico e Well-Being Financeiro), atendendo às múltiplas práticas da organização e à forma como os seus colaboradores as visualizam. Cada uma das dimensões do Well-Being estará presente em contexto organizacional de forma distinta, com maior ou menor impacto, mas vai permitir perceber qual é o seu desempenho. Contudo, é necessário utilizar ferramentas de diagnóstico adequadas, ter a capacidade de ir para além da mera interpretação de dados e fazer a leitura das “nossas” Pessoas. Não existem soluções globais, existem construções personalizadas para cada um dos nossos colaboradores.

 

Compreendemos através da prática fundamentada que existem múltiplas vantagens para as “nossas” Pessoas e, concomitantemente, para o negócio no investimento em uma Cultura de Well-Being Sustentável. Existem muitas razões mas vou enunciar apenas as três que me parecem mais relevantes: em primeiro lugar  vai permitir compreender no que se deve “investir” sistematicamente para fortalecer o “namoro” entre a organização e os seus talentos (employer experience), em segundo lugar vai permitir ainda, 2)  atrair os  futuros talentos que desejamos (employer branding), e por último, vai ser possível desenvolver as equipas de alta performance que almejamos, porque vão ser  incentivadas a ser mais criativas e inovadoras com recurso ao conjunto de mecanismos adequados e estruturados de acordo com as suas necessidades.

 

Em suma, tudo isto culmina com o impacto direto na produtividade, na redução do turnover e na diminuição do absentismo. Fica claro que se impõe um novo perfil de competências para trabalhar o Well-Being Organizacional, o do Well-Being Manager. Este terá o treino e uma “visão” integrada sobre Well-Being, dentro destes sistemas sociotécnicos complexos, que permitem às organizações, desenhar e propor as estratégias mais adequadas a adotar para desenvolver uma Cultura de Well-Being Organizacional Sustentável.

Daniela Lima, Managing Partner da Swaifor

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